domingo, 28 de junho de 2015

                                               BARCO DO RECÔNCAVO

Entenda o que é o recôncavo
O recôncavo baiano é uma região geograficamente localizada em torno da baia de todos os Santos, abrangendo também uma parte da região metropolitana de Salvador.
O termo recôncavo é proveniente de seu formato côncavo, e está localizado no interior do estado, e na parte posterior da formação côncava da baia de todos os Santos.
 Portanto foi aí que surgiu o termo Re-côncavo, de formas que as origens do barco do recôncavo natural dos estaleiros desta região e oriundo da mistura e descendência das caravelas portuguesas, desenvolvidas pelos mestres navais, criou-se uma excelente embarcação, para navegação a vela, usada no comércio e na pesca, foi durante muitos séculos a principal via de transporte da região que viu florescer diversos tipos de embarcações para navegação de cabotagem.
Esta embarcação construída basicamente de madeira, até os dias de hoje fazem parte da vida e das histórias litorâneas, que estão ligadas ao patrimônio cultural dos povos que ao longo do tempo povoaram o litoral baiano, o histórico das embarcações oriundas desta região, tem suas origens na caravela redonda, que surgiu no começo do seculo XVI e no decorrer do tempo sofreu influencia das embarcações portuguesas, holandesas e indígenas.
Desenvolvimento da embarcação a partir de um desenho náutico 
                                                       Montagem do cavername
Quilha com Costado fechado 
Fechamento do convés
Mastreação
Pintura a pincel
Montado e pintado
Completo com velame 

Barco real tem 14,5 metros,  A replica na escala 1:50

 BOTE DO RIO GRANDE -Modulo expositivo em duas fases , 1ª fase a estrutura de conformação da embarcação, denominada cavername ou esqueleto.
Modulo expositivo em duas fases, 2ª fase apresentando a embarcação totalmente acabada e com o velame . Para efeito de artesanato naval decorativo, poderá ser colocado em pé, conforme a figura acima, poderá ser de parede bem como pode também assumir a função de porta chave, para tanto é só dispor pinos ou ganchinhos rosqueados cuja função será para pendurar chaves.  

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Bote do Rio Grande

Desenho e produtos

Bote do Rio Grande
Originalmente desenvolvido em estaleiros artesanais da Lagoa dos Patos-RS.
A identificação "Bote"é a denominação geral, portanto o formato pode variar de região para região, dependendo do linguajar de cada região do Brasil, quanto o formato dimensional desta embarcação, raramente atinge um comprimento de 10 metros, na sua performance, identificamos o alto arco vertical da roda de proa, sendo inconfundível, e complementando com o prolongamento no topo que serve para o cabo de amarração. Originalmente é uma embarcação aberta, cujo fundo é ligeiramente curvado, com curvatura convexa da quilha para o costado com sua forração na altura das águas vivas, o casco e costado é construído com tabuas largas, sua principal utilização é na pesca artesanal, sendo uma embarcação fácil de construir, tem boa navegabilidade e originalmente era um veleiro, conforme reproduzido e apresentado nesta réplica de artesanato naval, como veleiro esta em extinção.
Desenho Naval do conjunto 


Desenho construtivo e de quilha e cavernas + esqueleto montado

Gabarito para posicionamento, montagem e colagem do esqueleto.

Gabarito de posicionamento, montagem, colagem + gabarito de montagem e fechamento de fundo e casco + bote já fechado aguardando secagem.
Bote semi pronto, com bancos, Mastro e leme
Bote em vista de planta 



















Representação do esqueleto ou cavername e bote pronto e pintado


Bote pronto com o fundo,costado e linha dgua pintados, e velame aberto.

Matéria prima sustentável utilizada:

MDF 3 mm, para Quilha, cavernas e leme.
Lamina de madeira recuperada,para fundo e costado
Bambu de espeto de churrasquinho, para o mastro.
Pano de popeline para as velas


terça-feira, 2 de junho de 2015

Artesanato Naval-Desenhos/Produtos

     Artesanato Naval-Desenhos/ produtos

                                 -Jangada de Sete Paus -

A jangada é uma armação  de paus roliços, fixos em forma de grade que flutua sobre a água, e serve como uma embarcação típica de pescadores do Norte e Nordeste do Brasil, o conhecimento deste tipo de embarcação, foi visto pela primeira vez lá pelos idos do século XVI, por esta época, foi que os portugueses viram na Índia uma pequena embarcação, chamada por lá de Janga. Eram uns quatro paus amarrados com fibras vegetais, ou seguros com madeira em forma de grade. Tempos depois nos anos 1500 quando os portugueses descobriram o Brasil, viram que os índios daqui, usavam uma embarcação a semelhança da janga, vista por eles na Índia e aqui denominada pelos índios de piperi ou a igapeba então eles começaram a chama-la de Jangada, que um aumentativo da janga por ser maior, já que a janga era o nome conhecido por eles e registrado em livros de registro náuticos. Esta nossa seria registrada como jangada ela era construída com cinco ou seis paus roliços, amarrados de cipó e presos entre si, onde o leme/remo era conhecido como jacumã.
       Ao longo do tempo as jangadas foram se aperfeiçoando, e conforme a necessidade aumentando de tamanho e aderindo ao mastro e a velas, obtendo maior capacidade de navegação, tal como a jangada de sete paus.
       Diversos tipos de madeira servem para construção de jangada, tais como: o pau-de-jangada conhecido também como mulungu,tiliácea, tiborbou, apeíba e outros.
       O método construtivo da jangada deve ser dentro da água, para que os paus não se separem ao entrar na água


Desenho do Projeto Artesanato Naval: Conjunto geral de uma jangada de sete paus, 

Desenho de sub-conjuntos pré montados

Desenho das velas e peças componentes dos sub conjuntos 


Matéria prima básica para desenvolvimento e construção da jangada artesanal do Projeto Artesanato Naval desenvolvido com sustentabilidade ambiental com material sustentável, utilizando Bambu gigante cultivado,(Dendrocalamus giganteus), Cujo processo será após corte do bambu no ponto, ou seja maduro, recorta-se em gomos, abre os gomos em tiras da largura em média de 4 cm, com facão, estas tiras serão recortadas na serra circular ou serra de fita com guia reguladas inicialmente para tiras de 10 mm de largura, outras par 8 mm de largura e finalizando para 7 mm de largura, portanto trabalharemos com 3 medidas de largura diferentes entre si.                                                                  

Sequencia do processo: Arredondar cara tira na lixadeira de bancada ou lixadeira combinada, a seguir cortar na medida conforme desenho, 2 peças de 10 mm, denominadas "bordos", 2 peças de 8 mm, denominadas como "mimburas" e 3 peças de 7 mm, denominadas como "paus centrais".                  
Concluído o corte, selecionar ordenando conforme o desenho, 2 peças de 10 mm, "bordos" uma em cada lateral, 2 peças de 8 mm, "mimburas" cada uma no lado interno esquerdo e direito, 3 peças de 7 mm, " paus centrais" no centro do conjunto montado, portanto esta é a forma, método de montagem.  
Marcar para furar conforme desenho. para o processo de inserção das cavilhas, de forma tal que os paus de "bordo" fiquem um pouco mais elevados                                                                             
Comparativo da jangada pronta e próximas peças em processo operacional para jangada de sete paus, os modelos de jangadas menores, tais como a de seis, cinco ou quatro paus, são semelhantes.  
 Diorama naval: A jangada do Dragão do Mar - Apresentando ao Brasil para quem ainda não conhece o personagem heroico Chico da Matilde: - Chico da Matilde "O jangadeiro" é o herói anonimo cantado e louvado pelos cancioneiros. Ele foi também o primeiro brasileiro a negar-se de transportar negros escravos. No movimento abolicionista Cearense, surgido em 1879, um homem humilde, de cor parda e jangadeiro destacou-se, seu nome: Chico da Matilde. Ele vinha a frente dos jangadeiros, recusando-se a transportar para os navios negreiros os escravos vendidos para o sul do país. Chico da Matilde foi levado para a corte em sua jangada, desfilou pelas ruas recebendo inclusive chuva de pétalas de flores, ganhando também um novo nome:Dragão do Mar- Simbolo de resistência Cearense contra a escravidão.
O Projeto Artesanato Naval, homenageia este herói Chico da Matilde/Dragão do Mar, como personagem simbolo desta jangada luminária.